05 / 12 / 2014 - A Máquina de Luis de Loucatelli




Em alto e bom som: buzinas de trem e sistema de som externo com 8000 watts de potência. Nas rodas aro 28, acessórios ameaçadores O iluminado: led no teto da cabine e 100 pequenas lanternas no contorno da carroceria. Cromado é outro ponto de destaque do projeto.

O empresário Luis Loucatelli era fascinado por caminhões desde criança. Até que aos 18 anos, quando todos os seus amigos compravam automóveis, ele comprou um caminhão da Chevrolet seminovo para usar no dia a dia. Iniciava ali a sonhada profissão de caminhoneiro. "Dirigir um pesado é pura diversão. Para mim, não tem quarto tão aconchegante quanto a boleia" , diz o empresário.

Em 1999, Loucatelli realizou um dos seus grandes sonhos ao comprar seu primeiro bruto antigo. Uma recompra, na verdade: "Localizei o segundo caminhão que tive na vida, um Chevrolet C60 1970. Nem pensei: fechei o negócio na hora." O reencontro levou o empresário a frequentar eventos de veículos antigo. " Em uma dessas ocasiões, fiz amizade com um colecionador que tinha experiência em importar clássicos pesados. Foi com ele que decidi ter um Peterbilt V8, conhecido por ser um dos caminhões mais robustos e imponentes dos EUA,"

Escolha feita, começava o garimpo nos Estados Unidos. Mesmo com o auxílio de colecionadores americanos, Loucatelli viu que sua própria exigência de um motor V8 dificultaria a missão. Após quase um mês de busca, ele voltou para o Brasil. "Assim que cheguei, recebi uma ligação de lá. Haviam encontrado um Peterbilt 359, de 1980. De novo, bati o martelo na hora. Paguei US$ 15 000 pelo veículo e outros US$ 30 000 em impostos, taxas e frete."

Um mês depois, com o caminhão no Brasil, Loucatelli viu que o chassi estava corroído e o motor e o câmbio necessitavam de retífica. A restauração de ambos consumiu um ano e meio. " A maior parte desse tempo foi para retificar o motor, um Caterpillar V8 de 18 litros com 600 cv." Na cabine, além da reforma geral do painel, a forração do teto ganhou leds. "Utilizei mais de 700 metros de fitas de leds e cerca de100 pequenas lâmpadas no contorno da carroceria", diz.

Após o sonho realizado, a maior diversão de Loucatelli é pegar sua esposa e o Peterbilt e viajar pelo Brasil. Mas ele não matou a velha vontade de trocar o quarto pela boleia: "Nas viagens, são tantos curiosos que não consigo dormir no caminhão."

Por Isadora Carvalho Fotos: Felipe Gombossy Revista Quatro Rodas ( Edição 664 - Dezembro 2014)